5.11.18

E o tempo...

Era 16 de Outubro de 2017 quando quis muito te procurar, mas não me permitiram. Fui relembrada do porquê que nos perdemos, ou os motivos que fiz as malas e encaixotei tudo. Doeu! Não procurei, não liguei, mas me perguntava todas as noites o porquê. 
Não devia ter aceitado menos, depois, não deveria ter aceitado menos do que um dia já tinha me oferecido. 
Nunca mais recebi flores, nem mesmo cartas e café na cama. Tudo foi bem menos e até quase nada.
Nos desesperos me via como se estivesse fazendo compra com muita fome num supermecado, colocando muita besteira no carrinho. A conta ficou cara. 
Não parece, mas só você sabia me ler. Você ainda me lê?

9.10.16

         Em pleno século XXI ainda somos obrigados a lidar com a falta de liberdade de expressão. O que torna esse mundo virtual atrativo? Recentemente tive minha página pessoal do Instagram banida. Motivos? Não postei xingamentos, não citei nomes, não postei "nudes" e seria esse motivo pelo qual fui banida? Dentre vários questionamentos esse é o mais pertinente, o que me levou a esse fim? Cada dia que se passa nesse mundo virtual, me convenço mais da futilidade alheia.
O que agrada a grande maioria e leva essa massa de seguidores, centenas de milhares de seguidores, a seguirem, curtirem e serem influenciados por esses reis e rainhas das redes sociais? Perdeu-se o sentido de ter apenas amigos e conhecidos? Deveríamos colecionar fanáticos possuídos por uma banalização, ou capitalistas demasiados?
Gostaria eu que o mundo tivesse mais "digital influencer" para tornar esse mundo em que vivemos( e não que imaginamos ou gostaríamos que existisse) um mundo melhor de se viver. Não, não sou pessimista, sou realista. Tenho por base disso as contas que eu mesma seguia e até que não seguia e repudiava, pela banalização da matança, da carnificina, do egocentrismo, do ter e não ser, dos maiores geradores de inflação nos bens de desejo, dentre outros.
Rede social eu entendo pelo sentido da própria palavra, onde há socialização e não apenas somos figurantes, curtidores, seguidores e que encontraram nela o meio de comercializar tudo o que há no mundo, desde auto estima, produtos e  até a vida que não se leva. Eu a tinha como modo de me comunicar com meus gostos e pessoas.
Está aqui o meu desabafo, para essa mídia virtual regida por blogueiras, fúteis, capitalistas, desprovidas de intelecto, falsas moralistas e sim a grande maioria delas, guiadas pelo consumo exacerbado desse mundo em que vivem. Meu mundo é outro. É o mundo de SER, de fazer bem, de olhar o próximo, de não expor a caridade, de não propagar e nem se vender por coisas nem pessoas.
Porém dentro desse contexto ainda cabem outras vertentes e cabe também alertar ao amante dessa rede social* que se não seguir as regras do jogo e não agradar as "cabeças" que sustentam esse aplicativo, será o próximo a ser banido. Ou curte, ou cai fora.

"O social é aquilo que pressupõe relações, sociabilidade, abarcando relacionamentos, sentimentos, modos de ser, de estar, de agir e de se manifestar. Aplica-se mais ás interações humanas significativas para os sujeitos."

13.8.15

Carpinejando...

"Amar e confiar são a mesma coisa.

Demorei a perceber. Por isso confiamos em pouquíssimas pessoas em nossa vida.

E podemos passar uma vida inteira sem confiar em ninguém.

É tão difícil confiar quanto amar. Tão raro.

A confiança e o amor são conquistados. Exigem tempo, observação, sinceridade, lealdade, soma de atitudes.

Não é porque é sua mãe ou seu pai ou seu irmão que você vai confiar. Família não traz garantias.

Confiar não é genético. Confiar é intimidade recompensada. Confiar é recíproco. É quando damos e recebemos simultaneamente. Confiar é contar um segredo e ver, já no finzinho de nossa história, que nunca foi revelado.

É uma previdência privada de nossos mistérios. É quando as ações comprovam as palavras.

Confiar não é para os apressados, mas representa o retorno de uma longa viagem mental. É a velhice dos nossos hábitos, a velhice das nossas frases, a velhice de nossos juramentos. É quando um gesto recebeu a proteção do silêncio.

Quando alguém confia sem conhecer, na verdade, está esperando confiar. É uma aposta para tornar mais fácil a convivência.

Demonstramos despojamento no início das relações, mas somos complexos no decorrer da cumplicidade. Entregamos a chave da nossa casa para perguntar todo dia se o outro não extraviou. E perguntar é desconfiar.

No máximo, confiamos desconfiando. Com o pé atrás e um olho lá na frente.

Confiamos com medo de confiar, sofrendo o receio de ser enganado, tremendo por depender de alguém, temendo pela nossa vulnerabilidade. Assim como o amor.

Falamos que amamos antes de amar, para nos convencer de que é amor.

Falamos que confiamos antes de confiar, para nos convencer de que é amizade.

Confiar é se desiludir, é se frustrar, é se decepcionar. Assim como o amor.

É criar as mais altas expectativas e depois se acomodar com o que é possível. Como o amor.

É aparecer com todas as certezas do mundo de que aquela é a pessoa certa e descobrir, aos poucos, que ela mente e pensa torto como você.

Confiar dói. Como o amor. Ainda mais quando a confiança é quebrada e não há como restaurá-la com discussões, colá-la com desculpas, consertá-la com declarações grandiloquentes.

Confiar é ter uma relação única com alguém, inimitável, e não dividi-la com um terceiro. É o contrário da falsidade, que significa ser igual com todos fingindo diferença e exclusividade.

Deixar de confiar é deixar de amar - perde-se junto a admiração, o alumbramento e o respeito incondicional. Deve-se desamar para amar de novo."


Não confio, logo não amo. 




"Surpresa de ser assim tão surpreendente

Na medida que cresce exponencialmente

Sem nenhuma explicação

Você que tomou minhas mãos como suas

E transferiu seu coração para o meu

Não soltaremos as amarras

Deste pacto de união."



(Sandro Laboissiere)

10.8.15

Saudade mesmo é de acordar FORTE, passear na vila de mãos dadas, daquele jeito em que as mãos se encaixam de um jeito estranho, diferente, mas com calor do coração e uma simples troca de energia. Saudade de voltar do supermercado e vê-lo sentado na varanda ajeitando suas coisas para dar um passeio comigo. Saudade de contar algumas coisas no caminho e mesmo quando não presta atenção no que eu digo, lá no fundo, já está mais a frente do que eu queria dizer. 
Saudade de poder, em qualquer hora do dia, dar-lhe um beijo porque estaria ali a todo instante, perto, pensando, escutando uma música, preparando uma bebida pra gente ou assistindo o jornal na tv. Ma(i)s perto.
Saudade de estar próxima de Deus, quando sinto a paz no coração, a mente tranquila, o coração batendo gostoso. Saudade de lavar a alma com o sal do mar e colocar pra secar no caminhar a sua direção, me surpreender com os clicks, relatando minha alegria, minha falta de postura, meu sorriso seu e as cores que só sinto naquele lugar. Saudade das manhãs, tardes e noites. 
Saudade deve ser um derivado de saúde, que faz bem, que alimenta, que dá vida, move e dá vontade.









Saudade dos meus dias de Maria que você (re)inventou.

Aí Maria acorda e se depara com isso... (que sonho)

"Adoro falar por códigos

Adoro identificar o perfeito entendimento das pessoas mesmo quando nada é dito claramente.

Adoro visualizar a perfeita compreensão mesmo quando a informação vem truncada.

Admiro aqueles que se comunicam pelo olhar, através de um sorriso e até mesmo no toque de uma mão ou pé quando se encosta.

Admiro aqueles que preferem decifrar e entender o que quis ser dito do que foi dito propriamente.

Amo olhar para algo e/ou alguém identificar sinais que me permitam fazer um juízo de valor.

Amo conviver com pessoas que parecem já ser conhecidas de muito tempo.

Amo ser surpreendido pelas entrelinhas, mas confesso que embora as entrelinhas me fascinem em dados momentos adoro um ponto.

Um ponto onde as entrelinhas se alinham e deixam de ser apenas entrelinhas soltas.

Inteligência para uns; amor para outros; seja lá qual for a entrelinha o importante sempre será chegar a um ponto.

Amo as entrelinhas quando no fundo elas são os próprios pontos."



Escrito por: B D M C

7.8.15

Eu gosto muito de você, não tem jeito, de qualquer jeito. Eu gosto da saudade quando ela bate na porta e aparece o sorriso seu, a música de cabeceira, a barba por fazer, o olhar e as manias. Eu me sinto bem quando vou de encontro as nossas lembranças. Eu gosto de sentir meu coração acelerar sempre que vejo uma mensagem sua, nem que seja um simples "oi". Eu adoro quando viro pro outro lado cama e logo você me abraça, quando desviro e te abraço, quando , de alguma forma, procuramos encostar um no outro, a forma como encaixamos nossos pés. 


Eu gosto de ver onde cheguei, até onde te conheci e os lugares que você me fez conhecer, os quais nunca estive antes, até dentro de mim mesma. Eu sinto medo as vezes, sinto falta todo dia e desejo sempre. Eu me sinto presa a liberdade que é gostar tanto de alguém, gostar de você. Eu gosto da tranquilidade que é dentro desse furacão, dessa minha lucidez em viver essa loucura.


BE HAPPY!!!!



Porque gente feliz não me enche o saco!

3.8.15

Fé.rias













Ah! Se o sol deitasse sempre ao seu lado...

                                                             
                                                          ... E anoitecesse sempre você.



Por mais dias assim!!!
Cada dia mais eu me convenço de que o melhor acontecimento na minha vida foram algumas coisas não terem acontecido. 

10.7.15



Há dias em que queremos abrir a janela do carro e sair gritando na rua, falar pro outro tudo que ele merecia ouvir, mas hoje não é um dia assim. Hoje é um dia em que prefiro me ausentar  e me calar. Já disse tudo o que havia de ser dito, fiz tudo o que havia de ser feito, fiz até demais.
Não! Não vou me perder nos quarenta e cinco do último tempo, não vou ser questionadora, nem exigir explicações, muito menos ficar com a parte ruim da partida. 
Prefiro assim. 


"Pior do que uma voz que cala/É um silêncio que fala".
Simples. Rápido. E quanta força. Imediatamente me veio a cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades. 

Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas. 

Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim. 

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado. 

Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: "diz alguma coisa, diz que não me ama mais, mas não fica aí parado me olhando". É o silêncio de um mandando más notícias para o desespero do outro. 

É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente. Para os seguranças dos shows do Sepultura, o silêncio é uma megasena. Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz. O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate a nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você entende a mensagem."


texto: Martha Medeiros

2.7.15

Sabe aquele tipo de gente que quando passa a ter deixa de ser? Pois é... Não curto.
Eu sei bem que essa vida da voltas, que ela se reescreve, se recicla, se suja e se lava a todo instante. Sei bem que ela tem uma capacidade enorme de se mostrar de bem comigo, ao mesmo tempo me ver com tamanha cara de espanto dizendo a ela:" mas já?". Não adianta pedir que fique um pouco mais, pois ela sabe a hora de deixar partir. Idas e vindas, voltas e reviravoltas...
Essa vida que chega sempre com músicas novas, bandas repetidas, outras vozes, algumas traduções, sem legenda, manias, velhos hábitos, histórias, piegas, cheiro peculiar, um sorriso à toa e aquele jeito clichê de conquista. É essa vida que também faz tudo isso acabar num instante.
Ao ler os textos desse blog vejo que a vida vem se encaixando sempre numa história parecida, em outro trilho, que nunca é o último romance, com a pessoa certa na hora errada, no mesmo drama, em outro trauma, na dor, na alegria, na paixão, mudando cenários nas estações alteradas por esse eterno efeito el niño que é viver e se entregar. 
Um brinde a nossa capacidade de se reinventar! Porque lá no fim a gente sabe que depois da tempestade vem a calma[ria]. Devemos aprender a dar valor aos dias ensolarados sim e mais que isso... aprender a dançar na chuva.  







Para essa estrada longa da vida só desejo (agora) um tanque cheio e uma boa playlist. 






25.6.15


.. Ai do dia pra noite tudo muda, os sentimentos, os pensamentos, as vontades, os desejos, as músicas, a trilha sonora, o gosto, jeito, sei lá! Muda, quando acaba um e começa outro. Não começou e acabou, nessa ordem. A volta da mudança ainda não veio. Preguiça da voz, do jeito de mastigar, do jeito de contar papo, de se achar, da falta de espelho em casa, do excesso de tragos. Chega! JÁ DEU! Até o jeito de andar me incomoda, o jeito de parar, de olhar, dos trejeitos, manias, vícios, indagações e uma série de coisas que de fato, não me apetecem mais. Vontade louca de ir embora dali, até o céu mudou de cor, a cidade ficou sem brilho na noite, o colchão ficou duro, a água do chuveiro esfriou, a comida apodreceu e me fartei com o fato de achar que manda em mim, que toma conta da minha vida, sabe tudo, sabe de nada, isso sim. Quem te conhece que te compre!


Dedico esse pequeno texto às minhas entrelinhas, por me permitir gritar em silêncio, por levar ao leitor(a) consciente a carapuça e vesti-la. O frio começou [poraqui ó!]

18.6.15

ser - merecer - ter


Há quem diga que nós temos o que precisamos e não o que queremos. Ok! E EU digo que temos o que merecemos. Eu não preciso de muito, eu não quero muito. Eu quero mais, eu mereço mais. Mais paz,  saúde,  dinheiro, poesia, verdade, harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro, mais edredom, calor, pele, e arrepio, Mais eu, mais você. Mais sorrisos, beijos  e abraços. Eu quero poucas palavras para verdades sem medidas. . Quero domingos de manhã. Quero o  cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais. Nada é muito quando é com afeto e muita vontade. Nada é muito quando felicidade é a realidade. 







(My repost)

17.6.15


"Lembrar com amor é oferecer, no coração, um sorriso que se expande. É um jeito instantâneo e poderoso de prece. É um modo de abraço, não importa o aparente tamanho da distância, nem as enganosas cercas do tempo. Lembrar com amor é levar a vida, no exato instante da lembrança, ao lugar onde a outra vida está e plantar uma nova muda de ternura por lá."
(Ana Cláudia)
Você pode até ir embora, mas vai continuar por aqui. Nas minhas entrelinhas, no meu pensamento, na minha lembrança matinal espreguiçando a saudade, nas minhas noites em tragos, e na minha sempre vontade de te encontrar, em algum lugar dessa sintonia.
PENSAMENTO ATRAI.

16.6.15


Another love
(Tom Odell)


"I wanna take you somewhere
So you know I care
But it's so cold and I don't know where
I brought you daffodils in a pretty string
But they won't flower like they did last spring

And I wanna kiss you, make you feel alright
I'm just so tired to share my nights
I wanna cry and I wanna love
But all my tears have been used up

On another love, another love
All my tears have been used up (...)

And if somebody hurts you, I wanna fight
But my hands been broken, one too many times
So I'll use my voice, I'll be so f*cking rude
Words they always win, but I know I'll lose

And I'd sing a song, that'd be just ours
But I sang 'em all to another heart
And I wanna cry I wanna learn to love
But all my tears have been used up 


I wanna sing a song, that'd be just ours
But I sang 'em all to another heart
And I wanna cry, I wanna fall in love
...







O mundo não está para que não se atreve, para que se limita demasiadamente, para quem diz "eu te amo" e não sabe amar, para aquele que acorda e não vai atrás do sonho. O mundo não está para quem não sabe lutar  contras as próprias dores, para quem não abre a janela e não olha pra fora, pra aquele que corre ao invés de resolver o problema, para quem não sabe apreciar, não sabe esperar, para quem quer enganar e perder tempo porque o mundo gira tão depressa que o instante de viver de verdade passa e na outra volta ele muda. O mundo está para você assim como você está para ele. Seja o reflexo daquilo que acredita. Faça o bem, seja positivo, agradeça, busque estar mais próximo de Deus, do amor ao próximo, da natureza, de quem se ama e principalmente de quem te faz sentir amado, cuide da saúde, use filtro solar, viaje, reencontre velhos amigos, revele algumas fotografias, faça novas amizades, sorria, e desapegue também porque tudo devemos ao mundo, até mesmo os amores, acredite! Se atreva, se jogue, se encante, cante, dance, abrace, beije, faça muito amor, se doe e se entregue à esse mundo que está para você, um mundo (muito) melhor. 


15.6.15

Vida é movimento, é a mudança das pequenas grandes coisas. As nuvens que rabiscam o céu logo se desmancham e formam outros desenhos. A respiração no momento em que acorda, dorme, da fúria, do reencontro e que sente prazer.  A janela que se fecha no Centro- Oeste, que se abre no Norte, sob outros olhares, perspectivas, outro nascer do sol, outra espectadora, numa outra casa e em outro nível de vínculo. 
Para viver bem é preciso apreciar as mudanças.
Por isso que gosto de abrir as janelas, deixar o sol entrar, respirar, admirar, porque eu nunca sei como o céu irá me presentear no próximo instante, já que tudo muda o tempo todo no mundo.

Só sei que amanheceu você...

9.6.15

Tenho para mim que escrever é a forma mais leve que encontro de levar o coração para tomar sol, nas noites e em dias frios. 


temperatura de hoje : -10°

Podemos até rescindir contratos, mas nunca as lembranças, ainda mais quando elas chegam com gosto do beijo, calor da alma, cheiro do encanto, das primeiras flores, das surpresas inusitadas, dos pés se esquentando, da leveza das mãos, do conforto do abraço... Lembrança docê, de nós, a sós. Uma vez "entre nós" ouvi que "Porque não ficamos com a parte das pessoas?". Nós ficamos, só não vivemos ela a todo momento, porque a vida não é feita de recordações, elas podem até nos motivar, nos alimentar, fazer crescer e amadurecer, mas a vida segue, e de fato as pessoas não são feitas apenas de coisas boas, infelizmente. Nós é quem escolhemos o que queremos levar conosco. E pra quê levar coisa ruim? A rigidez dos dias já nos traz tanto peso. Pra quê mais coisa que leva pra baixo? Isso não quer dizer que as coisas ruins não serão lembradas, muito pelo contrário. Dizem que não devemos confiar no que as pessoas dizem, mas acreditar no olhar delas, porque o os olhos dificilmente conseguem mentir. E diante de olhos cheios de mágoas, cansados, cheios de olheiras, pesados, carregados de lágrimas  é impossível não lembrar à que nos leva a esse ponto. De fato existem coisas ruins que não ditas, mas faladas com o olhar. A gente sempre vai dizer que tá tudo bem, que somos fortes, que já superamos, que já nos reciclamos, mas os olhares não nos deixam mentir, até mesmo quando olhamos para o espelho, lá em casa, no banheiro, lavando o rosto. Porém, o que mais precisamos agora não são das lembranças, mas de olhar pra frente e, de alguma forma, nos projetar lá. Lá onde está a nossa essência, nossa paz, nossa alegria, sem o "se" e com todos os pingos nos "is". Deixando o tempo passar e nos fazendo enxergar se esse é mesmo só o começo do fim das nossas vidas.  






8.6.15

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

Deixe ir o que não chegou pra ficar...

Tenho para mim que coragem, às vezes, é desapego. Deixar ir é uma forma de amor (próprio). Deixar ir a tristeza, o que te incomoda, o que te tira o riso, o que te tira a vontade, a positividade. Deixe ir embora o apego, a insistência em querer melhorar aquilo que já viu que não te faz bem, vá embora teimosia. Deixar ir nem sempre é ficar sem, mas ficar zen. Deixe ir o que te afasta a calma, que não acolhe a alma, que traz o medo, que tira a paz. 
Deixe ir o que não chegou pra ficar. Deixe ir o que não levará da vida porque de fato isso nunca será seu. O que pesa, torna a caminhada lenta, dolorosa, exaustiva, quase sempre chata e talvez nem te deixe seguir adiante, de tão pesado que é. Desapegue-se daquela roupa apertada que toda vez quando olha pra ela diz " vou perder 2kg para usá-la novamente", porque você não vai usá-la, tem muitas outras roupas novas por aí. Desapegue-se do que te tira o riso, isso envelhece. E há ciência que comprove isso, porque quando sorrimos emitimos uma mensagem para o cérebro e há uma liberação de endorfinas, causando bem estar, melhorando a saúde do coração e até gera uma proteção vascular contra anginas, infartos... Quem nos tira o riso nos tira a cura. Desapegue-se da negatividade, ser muito mal humorado, contrariado, com exigências demasiadas também afeta o organismo. A inveja afeta o fígado, o ciúmes o coração. 
E mesmo sabendo de tudo isso, ainda não evoluímos o bastante pra praticar aquilo que tanto pregamos, para nos libertarmos das palavras afim de que elas ganhem vida e se tornem atitudes.
Pois bem...
Estou na busca constante dessa própria liberdade e muito afim de evoluir.

29.5.15

tempo tempo..

Existem algumas coisas que acontecem em nossas vidas que se não geram mudança, o mínimo para se fazer é uma reflexão. Tem gente que fica esperando coisa demais da vida. Gente que fica esperando ter um carro importado pra buscar alguém e levar no cinema. Gente que espera usar a melhor grife para sair pra um jantar. Gente que acha que precisa ter milhões de dinheiro pra fazer A viagem, comprar A casa e ter A mulher. Gente que espera a morte de alguém pra herdar. E não constrói nada com esforço, passa o tempo vendo a vida passar e o outro tempo chegar. E esquece que a melhor hora para fazer as coisas, é a hora do coração preparado. De tudo que mais queremos nesse mundo não são as coisas, mas os sentimentos de paz e segurança porque se não estiver com o coração preparado, não há dinheiro que nos dê isso. Aí o momento passa, as pessoas passam... E depois ficamos questionando o porquê de tudo. Sendo que desde o princípio já estávamos elaborando a resposta.

12.5.15

5.5.15

Kings of Convenience - Declaration of Dependence (Full Album)

The Morning Benders - Excuses (Yours Truly session)

Wetsuit - The Vaccines

Goldfrapp - Happiness

Vance Joy - From Afar [Official Audio]

Kiesza - Sound Of A Woman (Audio)

Coasts - "Oceans"

Bad Suns - We Move Like The Ocean [Audio Stream]

Chet Faker Discography : Thinking in Textures + Built On Glass

NÃO VOU ME REESCREVER, SE QUISER MUDE SUA PRÓPRIA INTERPRETAÇÃO. 

10.4.15

Canibais de nós mesmos..



Parece que foi ontem. Joguei cadeira, mesa, a toalha, me joguei. Dancei do início ao fim a música que era pra ser aquela entrada triunfal, pois bem, dela eu fiz a melhor saída. E a noite foi "a sky full of stars"...  A melodia que ainda ressoa vários tons, perto ou longe, calma e excitante, um mix de efeitos ,uma conversa fiada e uma água batizada. Mais uma dose? É claro que eu tô afim! 
Voltei cantando Zé Ramalho, desci da solidão. Ainda sob efeito da minha liberdade em me sentir bem vou me enloucrescendo aos poucos. Deixo todo mundo apontar os erros, até mesmo o corretor automático do word, deixo. Ninguém sabe o que é certo pra minha loucura. Momentos insanos de pouca duração e grande estrago. Mais um trago. Toquem tambores, vamos dançar, vamos voltar, não vamos mais fazer isso. Vou me esforçar, eu juro, mas... Faz parte do meu show, meu amor. 

Porque que a gente é assim?